Janeiro Branco: Uma Urgência em falar sobre Saúde Mental
Em um mundo que gira cada vez mais rápido, a saúde mental se tornou um tema crucial. A pressão do dia a dia, as incertezas do presente e as ansiedades do futuro criam um terreno propício para o desgaste emocional. Por isso, neste mês de Janeiro Branco, faço o convite para uma reflexão profunda e uma conversa franca para cuidar de algo tão importante que é a vida das pessoas.
E os números não mentem.
Os dados são alarmantes, milhões de pessoas ao redor do mundo enfrentam desafios relacionados à saúde mental. Depressão, ansiedade, crise de pânico e outros distúrbios emocionais afetam pessoas de todas as idades, classes sociais e profissões em todo o mundo. No entanto, o silêncio muitas vezes prevalece.
Ainda existe um tabu quando se fala em procurar ajuda psicológica, e eu já ouvi assim “Mas eu não estou louco para fazer terapia”. É justamente ao contrário: é a prevenção para se manter saudável em meio a tantos desafios do mundo atual.
O Brasil é o país com a maior prevalência desta doença na América Latina, de acordo com o relatório “Depressão e outros transtornos mentais”, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dados do último mapeamento sobre a doença realizado pela OMS apontam que 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros. E não para por aí.
Nos próximos 10 anos, terá um aumento de 18,4% no número de pessoas com transtornos mentais.
Precisam ser tomadas ações urgentes para conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde mental e a importância de buscar ajuda psicológica o mais rápido possível. Não estamos brincando. São vidas que estão gritando por socorro e ajuda, mas o silêncio ainda se perpetua.
As consequências da falta de atenção à saúde mental
Em um mundo movido pela velocidade, onde as demandas profissionais e pessoais muitas vezes se sobrepõem, a saúde mental frequentemente é negligenciada. As consequências dessa negligência são profundas e impactam não apenas a esfera individual, mas também nas organizações e na sociedade como um todo.
- Estresse e Burnout: A falta de atenção com a saúde mental pode levar a níveis elevados de estresse, resultando em Burnout. Profissionais exaustos são menos produtivos, menos engajados e mais propensos a problemas de saúde física e mental.
- Ansiedade e Depressão: A pressão constante e a falta de suporte emocional podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão. Estas condições impactam diretamente na qualidade de vida e na capacidade de desempenho no trabalho
- Relações interpessoais fragilizadas: A saúde mental influencia diretamente nas nossas relações sociais, principalmente quando se passa por quadros de assédio moral e abuso psicológico, afetando negativamente também nas relações pessoais e nas famílias.
Doenças relacionadas à saúde mental
Não podemos esquecer que a saúde mental está intrinsecamente ligada à saúde física. O estresse crônico, a ansiedade e a depressão, se não tratados, podem contribuir para uma série de doenças físicas, incluindo hipertensão, problemas cardíacos e comprometimento do sistema imunológico.
Para isso as ações devem ser colocadas em práticas.
Desmitificação do tabu: Falar sobre saúde mental é essencial para quebrar o estigma que muitas vezes envolve questões emocionais. Quanto mais falamos, mais normalizamos as conversas sobre esse tema vital nas empresas, nas escolas, na comunidade e no dia a dia.
Prevenção e cuidado: A urgência em falar sobre saúde mental reside na prevenção. Ao discutir abertamente, promovemos a conscientização e incentivamos as pessoas a buscarem ajuda quando necessário. O cuidado preventivo é tão vital quanto em qualquer outra área da saúde, não precisa chegar ao stress intenso ou mesmo Burnout para se cuidar.
Impacto nas relações e desempenho profissional: A saúde mental não afeta apenas a pessoa, mas também suas relações com amigos, família e seu desempenho profissional. Ao abrir o diálogo, contribuímos para ambientes mais saudáveis, equipes mais resilientes e carreiras seguras.
Como podemos ser responsáveis por isso e falar sobre saúde mental
Quebrando o silêncio: Utilizando as redes sociais de alto impacto como jornais, blogs, televisão, Instagram, Linkedin e Youtube, falando abertamente que depressão e ansiedade não são frescura ou manha, ensinar a todos que ser empático não é se colocar no lugar do outro, mas sim compreender a dor do outro e estender a mão quando necessário.
Em um mundo onde a velocidade muitas vezes nos impede de perceber a fragilidade de nossas mentes, falar sobre saúde mental se torna um ato de resistência e cuidado.
Que neste Janeiro Branco e em todos os meses de 2024, pare para pensar e planejar sobre os cuidados com a pessoa mais importante: VOCÊ. Seja agente de sua mudança, dê o primeiro passo, promova diálogos transformadores construindo uma vida e sociedade mais compassiva, compreensiva e cuidadora da saúde mental como uma prioridade em sua vida.
Conte comigo!
Fabiana Jesus – Psicóloga, Empresária, Gestora da Clínica e Consultoria Ação Desenvolvimento Humano, Mentora Carreira, Especialista em Psicologia Organizacional, Liderança, Gestão Equipes e Top Voice Linkedin Carreira 2024.